Imprudente conjuga-ação...
E se não bastasse te lembrar...
Encontrar
Sentir
Pensar
Enternecer
Recordar
Almejar
Ainda conjugo-te nos meus verbos
Em todos os meus tempos
Quiçá fosses pretérito perfeito, mais que perfeito.
És presente, de futuro inconseqüente.
23:26 | | 5 Comments
Aos meus fiéis escudeiros...
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer,
mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças
e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade
sua fonte de aprendizagem,
mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Aos que prevalecem, permanecem
Aos verdadeiros, os que ousam... ser
Amigos são autênticos, sem meio termo
É, ou não!
Feliz dia do amigo!
21:28 | | 9 Comments
Entre fábulas e contos...
Sem rodeios vou ao ponto
De conversas combinadas
Saímos ao encontro
De roteiros descabidos
Tristes, envaidecidos
Mexicanos, repetidos, mais um bis?
Amor de novela
De novo, ela?
To precisando de um final feliz
19:11 | | 2 Comments
Delito...
A lua foi testemunha
Do crime que aconteceu
Um beijo roubado
Meus lábios agora são seus
J.C.Carvalho
Então deita e aceita eu...
(Marisa Monte)
00:15 | | 3 Comments
Amor infindável...
Hoje o dia amanheceu diferente, uma dor atualizada em meu peito. Dez anos se passaram, no seu lugar só ficou saudade. Lembro-me muito bem da voz desesperada de minha irmã ao telefone: pai morreu... Meu mundo acabara ali, o chão sumiu, voz me faltava, sobravam lágrimas. O grande homem, meu herói, lutou bravamente até o fim e não conseguiu vencer essa batalha; e não era faz-de-conta... Não há palavras que suprimam a dor da morte, porém, ela é a única certeza da vida.
Ainda me lembro do seu cheio, do olhar, daquele último abraço num leito de hospital. Ficaram registradas suas marcas em minha alma, impressos seus cuidados, carinho; saudade daquela época em que meu mundo se findava no afago dos teus braços, meu porto seguro. Sinais que em mim ficaram impregnados, estampados e que resultam no que sou. Saudade é o amor que fica e o meu é eterno! Te amo muito!
J.C.Carvalho
“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.”
Fernando Pessoa
Hoje essa demanda é minha, essencialmente minha...
19:02 | | 4 Comments