Do céu pra mim...
Hoje sigo acreditando
E põe suas estrelas no azul
20:30 | | 7 Comments
Dois pesos, duas medidas...
Quem o encontra se dispõe a pagar o preço
Ambicioso, persuasivo e interesseiro, oferece adereços
Não há nota fiscal que confirme
Aprovada a aquisição não há devolução
Apresenta defeitos? Trocas não são permitidas
Atendimento ao consumidor é ilusão
Embalado pra presente, escolha definitiva
E há quem se arrisque neste mercado
Freguês modesto perde o juízo
Que atire pedra quem não foi tapeado
22:40 | | 5 Comments
Amargos deleites...
Entre símbolos, ícones e sinais
Ele me disse: toma que o filho é teu!
Meu? Logo eu disse...
Sim! Ofereço-te porque sonhas
Não sejas ingrato, aceite de bom grado;
Pesadelos podem ser bons.
Devaneios às vezes são belos
Fantasias permeiam os contos
Era uma vez tem três pontos
Final feliz sem tormentos
Pensei... onde está o meu?
Mundo encantado que não aconteceu
Durmo pobre e acordo plebeu
Sem fada, varinha, princesa ou o que quer que seja!
22:03 | | 4 Comments
Imprudente conjuga-ação...
E se não bastasse te lembrar...
Encontrar
Sentir
Pensar
Enternecer
Recordar
Almejar
Ainda conjugo-te nos meus verbos
Em todos os meus tempos
Quiçá fosses pretérito perfeito, mais que perfeito.
És presente, de futuro inconseqüente.
23:26 | | 5 Comments
Aos meus fiéis escudeiros...
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer,
mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças
e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade
sua fonte de aprendizagem,
mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto;
e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Aos que prevalecem, permanecem
Aos verdadeiros, os que ousam... ser
Amigos são autênticos, sem meio termo
É, ou não!
Feliz dia do amigo!
21:28 | | 9 Comments
Entre fábulas e contos...
Sem rodeios vou ao ponto
De conversas combinadas
Saímos ao encontro
De roteiros descabidos
Tristes, envaidecidos
Mexicanos, repetidos, mais um bis?
Amor de novela
De novo, ela?
To precisando de um final feliz
19:11 | | 2 Comments
Delito...
A lua foi testemunha
Do crime que aconteceu
Um beijo roubado
Meus lábios agora são seus
J.C.Carvalho
Então deita e aceita eu...
(Marisa Monte)
00:15 | | 3 Comments
Amor infindável...
Hoje o dia amanheceu diferente, uma dor atualizada em meu peito. Dez anos se passaram, no seu lugar só ficou saudade. Lembro-me muito bem da voz desesperada de minha irmã ao telefone: pai morreu... Meu mundo acabara ali, o chão sumiu, voz me faltava, sobravam lágrimas. O grande homem, meu herói, lutou bravamente até o fim e não conseguiu vencer essa batalha; e não era faz-de-conta... Não há palavras que suprimam a dor da morte, porém, ela é a única certeza da vida.
Ainda me lembro do seu cheio, do olhar, daquele último abraço num leito de hospital. Ficaram registradas suas marcas em minha alma, impressos seus cuidados, carinho; saudade daquela época em que meu mundo se findava no afago dos teus braços, meu porto seguro. Sinais que em mim ficaram impregnados, estampados e que resultam no que sou. Saudade é o amor que fica e o meu é eterno! Te amo muito!
J.C.Carvalho
“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.”
Fernando Pessoa
Hoje essa demanda é minha, essencialmente minha...
19:02 | | 4 Comments
Final do jogo...
Tomaste posse
Lançaste sorte
Ganhou agora leva
O que é meu é seu
Ou poderia ser
Basta querer
De minha parte eu sei
Não sei da sua
Parte!
"É bom as vezes se perder
22:20 | | 3 Comments
Um ano de blog!
Entre presenças e ausências (as minhas claro),
quero agradecer imensamente
aqueles que passaram por aqui,
deixaram expressos os seus pensamentos,
registraram sua visita.
Gravaram aqui um pouco do retrato de sua existência,
expressaram o seu modo de “ser-no-mundo”.
Sempre grato!
Prometo ser mais presente!!
18:06 | | 4 Comments
Doce paladar...
Nem sabes que também estou com a luz apagada
Porém, de coração aceso
Sem rumo, me perco nos muros
Adentrei seu labirinto
Arrastado sei que fui
Submerso, mergulhado, iludido
O que se perde vai, o desejo permanece
E o coração padece
De tudo não me sobra coisa pouca
O melhor a recordar desse mundo:
O sabor de sua boca
Só assim, sinto você bem perto de mim
Outra vez...
Do Rei / Isolda
11:11 | | 5 Comments
Arquitetura imperfeita...
Vou te construindo dentro em mim
A cada pedrada tu te firmas
Eu me firmo
Me afirmo!
Te construir em pedra bruta
Bruta, com todas as lutas
Aceito as tacadas
Sua forma inacabada
Se edifica abalada
Solo bom te ofereço
Terreno que não tem preço
Aluguel ou mesmo imposto
Te recebo com gosto
Que fazer se preferes o poço?
23:44 | | 6 Comments
Levantar vôo...
Dia desses me deparei com uma cena interessante:
Caminhando pelo parque vi uma criança acompanhada de seu pai,
Tal fato fez me recordar a infância,
22:07 | | 6 Comments
Des-lumbramento
Persigo-te
A cada hora computada
Quero-te
A cada minuto contado
Espero-te
A cada segundo que me resta
Desejo-te
E me perco,
No vazio da ilusão...
*PS: Look into your heart and you'll find love, love, love
17:16 | | 3 Comments
Des-esperança...
*PS: Love is a losing game... Salve Amy
23:28 | | 7 Comments
Interrogatório...
Interroga-ação, Porque?
Um símbolo que faz perder a noção
Interrogação
Duvida, pergunta, questionamento
Vem de fora e vem de dentro
Não passa como o vento
Em vezes se esclarece com o tempo
Inquirir, investigar, indagar
É o que faz a vida andar!
O mundo não pode parar
Ícone que move a ciência
Faz perder a paciência
Tira o sono e a decência
11:06 | | 2 Comments
Precipitação...
Tempestade anunciada
Mudança climática em minha vida
Vento soprando, muita água derramada
Parecem clarear a minha estrada
Esbravejam, estremecem, alumiam
Água molha a terra, vida encharcada!
Nas ruas vejo poças
Lembro-me das minhas fossas
Poças, fossas, quem gosta?
Enxurrada leva impureza da lida
A bonança vem e restabelece
E como sertanejo em louvor agradece
A vida floresce...
Mas caia... e como caia!
23:15 | | 2 Comments